Paper House - 2000
Sinopse
A catarse humana. O corpo. A alma. A percepção do que é real. O limite do que é consciente e inconsciente.
A Pintura “Portraid in The Red Sofa”, de Lucian Freud, serviu como isnpiração inicial deste trabalho. De acordo com o artigo escrito por Nirlando Beltrão, a tela representa “a realidade crua por meio da distorsão”. A esta imagem, de forças conflitantes, um corpo ao mesmo tempo saúdavel e grotesco, a diretora Holly Cavrell relacionou pesamentos intimos acerca da loucura.
Tal construção reflexiva determinou a essência do espetáculo. Um questionamento interior, introspectivo, que leva a procura da linha que divide a percepção do que é realidade do que é devaneio. Quando nossos inúmeros sensores param de funcionar e abandonam o real? Há dor e prazer na busca da liberdade total dos impulsos? Virginia Woolf definiu essa linha como “Uma tênue transparência que envolve a realidade, a pele frágil que reveste os conflitos instântaneos de nossa mente, trajeto de um dia, a eternidade de uma hora...”.
Palavras e vozes agem como catalisadores que repercutem ideias e movimentos como sinapses nervosas. A lembrança de um diálogo não é constituida apenas do teor das palavras, mas dos sons que as permearem. A poluição sonora, as conversações dispersas, tudo interessa.
Ficha Técnica
Direção: Holly Cavrell
Assistente de direção: Alexandre Ferreira
Interpretes: Gabi Gonçalves e Patricia Wormhoudt
Figurino: Gabi Gonçalves
Iluminação: Joyce Drummond
Operação de Luz: Silvia Godoy
Sonoplastia: Nelson Filho – Vitrola Digital